Wednesday, November 30, 2005

A tropa

Então não é que numa conversa de circunstância (daquelas que por vezes somos obrigados a ter no encontro casual com pessoas que nos interessam tanto como os papa-formigas sul-americanos (1)) fui interpelado com algo que me deixou profundamente surpreendido e desgostoso:

- Mas você é mesmo alto!

Combalido com a surpresa, fiquei mudo como um peixe (2), abrindo espaço para que essa pessoa continuasse o seu impedioso sarcasmo. O pior ainda estava para vir. E eis que ouço isto:

- Assim não pode ir à tropa!


ei mas então?! a sério?e porquê? não pode!! mas?... mas então!? como?! não pode!! e porquê? ei, a sério? mas?.. mas...que muerda! ei(3)





(1) exemplo infeliz este. O papa-formigas suscita-me na realidade algum interesse e sou até capaz de perder 3 segundos de trânsito neuronal pensando nesta criatura.

(2) metáfora plagiada a Margarida Rebelo Pinto. Metáfora, aliás, triplamente plagiada, já que se encontra presente na sua Alma de Pássaro, no Não Há Coincidências e no Artísta de Circo.

(3)ler em tom de murmúrio lamentoso